TEXTO, TEXTUALIDADE E ENSINO

Na miscelânea das teorias, na miríade dos nomes e no caleidoscópio das ideias sobre ensino-aprendizagem de língua e literatura, há diversos caminhos possíveis. Este blog propõe esta discussão vista por diversos ângulos.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Ensinar português

Somos texto. Nascemos e morremos lendo e produzindo textos. Não há nenhuma forma de conhecimento ou aprendizagem que não se dê por meio dos textos. Fora do texto não há vida. O universo é um grande texto em eterna construção.

Todo este aparente exagero textual presta-se ao grandioso serviço de resgatar a importância da língua em todas as relações humanas e, consequentemente, do professor de línguas. 

Pensando em tudo isso é que não posso admitir que alguém acredite que ensinar português pode se reduzir a ensinar um conjunto de regras, dicas, receitas de como ler ou escrever bem. Não é possível reduzir a importância da aula de línguas sem reduzir a importância da própria língua e, com isso, reduzir a humanidade que habita em nós. Somos animais que pensamos e pensamos em uma língua e é na e com a língua que estabelecemos contato conosco e com os outros.

Ensinar português é, pois, ensinar a ser humano. É, pois, ensinar a pensar, a ler o mundo, os outros e a si mesmo. As regras, se há mesmo regras, só fazem sentido se auxiliam neste intenso encontro do homem consigo e com o outro. 

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