TEXTO, TEXTUALIDADE E ENSINO

Na miscelânea das teorias, na miríade dos nomes e no caleidoscópio das ideias sobre ensino-aprendizagem de língua e literatura, há diversos caminhos possíveis. Este blog propõe esta discussão vista por diversos ângulos.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

O mal da falta de informação

Como falta de informação faz mal: a eleição em São Paulo é exatamente o contrário do que estão dizendo - não foi um povo alienado - este sempre votou no PSDB - agora temos periferia fazendo faculdade, temos jovens pobres lendo e se politizando, como nunca antes. O velho medo, sabe, de dar uma educação de qualidade
e perder o poder, então, não que nossas faculdades privadas tenham excelente qualidade, mas eu, mesmo, vi muitos alunos que jamais teriam acesso ao ensino superior, não fosse PROUNI ou FIES lá, sentadinhos me ouvindo falar de argumentação jurídica. Então, essas pessoas já não são tão manipuláveis pela mídia, já não são tão inocentes nem excluídas ou alienadas. A nossa elite está desesperada, porque o dinheiro está começando a ser distribuído (nos últimos anos, os mais ricos ficaram 4% mais ricos, enquanto os mais pobres, 29% e isso assusta). Como sempre digo: elite mesmo, esta que se locomove de helicóptero, com iate, passa fins de semana em Nova Iorque, janta no Fasano quando quer, troca de Ferrari todo ano, tem jatinho particular, esta elite tem de estar com medo - classe média, que anda de carro (porque carro há muito não é coisa de elite, desde que o Lula chegou ao poder e a distribuição começou, todo mundo tem carro), que vive de salário (por melhor que possa parecer), que espera 13o. - isto não é elite e vota no Serra de alienação - esta é a pior das alienações. Classe méida bem perto de medíocre - não sabe o que é ser rico de verdade nem o que é ser pobre de verdade. É a pior porque tem condição de ter acesso à informação de verdade, mas tem preguiça de ler - prefere acreditar na globo, veja, folha... vergonha! Uma parte dessa classe média - da qual faço parte - entretanto, estuda e lê e sabe que um país com menos desigualdade é melhor para todo mundo - é menos violência, melhores serviços (funcionários mais bem preparados), mais exigência de qualidade em nossa TV, mais cultura, mais incentivo aos nossos artistas - atores, autores, escritores, músicos etc, mais pesquisa de ponta sendo feita aqui, maior participação do Brasil em decisões internacionais que visam à preservação ambiental, ao fim dos conflitos armados etc. Enfim, só quem não lê mesmo - quem tem preguiça de buscar informação - não percebe que um país com menos desigualdade é melhor para todo mundo - principalmente para quem está no meio, como nós, e não tem dinheiro para se cercar de seguranças 24 horas.

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